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A partir do GP da Espanha que as novas diretrizes da FIA começam a valer

  • Foto do escritor: Giovanna Carvalho
    Giovanna Carvalho
  • 30 de mai.
  • 5 min de leitura

Os dois pit-stops obrigatórios e a aparente dominância de Charles Leclerc em casa não foram o suficiente para destronar a McLaren e, pela primeira vez desde 2008, os papayas subiram no topo do pódio em Mônaco. A corrida foi, basicamente, decidida no sábado, com a volta voadora - e novo recorde da pista (1:09.954) - que Lando Norris conseguiu no final da classificação.

McLaren vai ao pódio com Lando Norris e Oscar Piastri no GP de Monaco. Foto: McLaren via X
McLaren vai ao pódio com Lando Norris e Oscar Piastri no GP de Monaco. Foto: McLaren via X

No domingo, a McLaren acertou na estratégia e o britânico converteu sua pole na vitória em um dos circuitos mais icônicos do calendário e conseguiu diminuir a diferença de pontos para seu companheiro de equipe: no momento, apenas 3 pontos separam a dupla papaya no campeonato.


Agora, mais uma vez, entramos em semana de corrida para a home race de Fernando Alonso e Carlos Sainz. A Fórmula 1 desembarca em Barcelona, para o Grande Prêmio da Espanha (30-01), antes de duas semanas de pausa até voltar para a América para o Grande Prêmio do Canadá.


¡Se apagan las luces y nos vamos!



ZOOM IN no circuito


Inaugurado em 1991, o Circuito de Barcelona Catalunha fica em Montmeló, a 30km do centro da Catalunha. O traçado já foi, por muitas vezes, palco dos testes de inverno da categoria, em razão do seu clima ameno em relação ao restante da Europa. Além disso, fica relativamente perto de todas as sedes das equipes, o que facilita a logística de pessoas e de equipamentos.


Conhecida pelas corridas “pouco movimentadas”, Barcelona traz uma pista completa: desde a longa reta, até as curvas de alta, média e baixa velocidade. São 4.657 km de extensão, 14 curvas e duas zonas de DRS. No domingo, os pilotos enfrentam 66 voltas ao longo do traçado. É uma etapa complexa, mas ideal para mostrar o real potencial dos carros de cada equipe. Ainda assim, se trata de um dos circuitos com mais dificuldade para ultrapassagens, e a prova disso vem dos últimos resultados: desde 2016, ninguém além de Lewis Hamilton ou Max Verstappen triunfa na corrida.

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E, assim como Ímola, Barcelona pode estar com seus dias contados na Fórmula 1, ou pelo menos parcialmente. Isso porque o contrato atual do circuito termina em 2026 - mesmo ano que se inicia o contrato da etapa de Madrid -. Stefano Domenicali, CEO da categoria, não confirmou a saída da corrida do calendário: Só para deixar claro, o fato de estarmos indo para Madrid não exclui a possibilidade de continuarmos em Barcelona no futuro. Temos uma boa relação com Barcelona e já estamos discutindo possibilidades de estender a colaboração.


Com a “dificuldade de manter duas etapas no mesmo país”, já mencionada antes pelo italiano, a tendência, segundo ele, é a adoção do calendário rotativo para alguns circuitos, e Barcelona poderia entrar nesse processo - assim como, por exemplo, Spa-Francorchamps, que já fica de fora do calendário em 2028 e 2030 -.


Então, pode ser que não tenhamos uma etapa em Barcelona e uma em Madrid no mesmo ano - quase um el clásico nas pistas - mas um “rodízio” entre as duas não parece ser uma ideia tão distante.



FIA te dá asas! (ou regula elas)


É a partir da etapa espanhola que as novas diretrizes da FIA começam a vigorar. Desde o começo da temporada, as equipes foram alertadas sobre suas asas dianteiras - uma flexibilidade, por menor que seja, na peça, pode garantir aos carros maior velocidade nas retas - e, procurando equilibrar mais a disputa, a federação quer o uso de asas mais rígidas pelas equipes.


Algumas medidas já haviam sido tomadas contra esse processo antes, como as câmeras de bordo durante os treinos para monitorar as asas traseiras. Enquanto isso, regras mais firmes - como a fiscalização mais rígida que começa esse fim de semana - já tinham sido decididas em janeiro, mas foram adiados até o GP da Espanha para que as equipes pudessem ter tempo de adaptar, simular e fabricar seus projetos.


Quando perguntado sobre as mudanças, Max Verstappen respondeu: “Não mudará muita coisa. Provavelmente vai mexer um pouco no equilíbrio dos carros, mas não tanto. Principalmente para nós. Não espero ganhos ou perdas consideráveis de tempo com essas mudanças. Em alguns anos, mudaram diretrizes durante a temporada e isso interferiu. Se é bom ou ruim, não sei dizer. Nossa asa dianteira nunca nos deu muitos ganhos de performance. Não sei se erramos e não conseguimos tirar o máximo do componente. Mas mesmo para as outras equipes, acredito que seja administrável. Se o carro é bom, é bom. A asa pode flexionar menos, mas dá para contornar”.


Nada de reclamar dos “mini-drs” agora, hein?


Heróis nacionais


Por um lado, Carlos Sainz parece estar se adaptando bem com sua nova equipe. Com bons resultados na classificação e tendo pontuado nas últimas quatro corridas com a Williams, o espanhol chega em Barcelona contente com o caminho até aqui: “Estou muito feliz com estas oito primeiras corridas, feliz com os resultados e com a fase da equipe. Acho que se você me dissesse um ano atrás, quando eu assinei o contrato, que nós estaríamos a 0.3 da pole position, que em algumas classificações nós estaríamos superando com regularidade uma Ferrari, uma Red Bull ou uma Mercedes, eu definitivamente assinaria o contrato até mais cedo ou mais feliz”, disse em entrevista coletiva no media day.


Na sua home race, Sainz se sente mais motivado com o apoio da torcida e busca um bom resultado neste fim de semana para retribuir as boas vibrações que vem recebendo dos seus conterrâneos. Mas como toda moeda tem dois lados, a situação do outros espanhol do grid não parece tão promissora assim. O bicampeão Fernando Alonso vem tendo um começo de temporada difícil e é um dos pilotos que ainda não pontuou nesta temporada, mesmo assim, tenta enxergar o lado bom das coisas e chega entusiasmado para sua corrida em casa:


“O GP da Espanha sempre é um momento especial da temporada para mim. Correr em casa, ouvir os torcedores gritando seu nome nas arquibancadas - é algo com o qual você nunca se acostuma. A atmosfera é elétrica, e esse apoio te dá algo a mais ao volante. Tem sido uma temporada desafiadora e não tivemos os resultados que gostaríamos, mas há pontos positivos. As últimas corridas mostraram que melhoramos em volta rápida, só tivemos um pouco de azar no domingo com o Virtual Safety Car e problemas no carro. Espero que essa maré mude logo”, comentou na coletiva do GP.


Os maiores na Espanha

Entre todos os circuitos que já receberam a etapa espanhola, Lewis Hamilton e Michael Schumacher dividem o número de vitórias, cada um com seis no país. Dentre as equipes, a Ferrari foi a que subiu no topo do pódio mais vezes, 12, seguida da Mercedes, 9. O recorde oficial da pista é de Max Verstappen, que marcou 1:16.330 em 2023.


Relembrando a última etapa

Max Verstappen foi quem ocupou o topo do pódio em 2024 - depois de largar em 2° no grid - seguido de Lando Norris, em segundo, e Lewis Hamilton, em terceiro. A volta mais rápida e o ponto extra - que ainda valia na temporada passada - ficaram com Lando Norris, que marcou 1:17.115 na volta 51.

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