De parada com mais de 40 horas a carro pegando fogo: conheça alguns dos piores pit stops da Fórmula 1

O que você consegue fazer em dois segundos? Pode não parecer tempo suficiente para muita coisa, mas na Fórmula 1, dois segundos parecem uma eternidade e podem ser extremamente decisivos. Quem nunca se viu prendendo a respiração e torcendo para que sua equipe fizesse um bom tempo no pit stop? Ou para que o seu piloto favorito entrasse nos boxes na hora exata para a estratégia favorecer sua posição? Não tem como negar, cada movimento importa, e cada segundo vale ouro.

Se tudo sai como imaginado, perfeito. Mas, o que acontece quando as coisas dão errado? Um segundo extra pode mudar o rumo, a estratégia e a história de uma corrida, principalmente quando falamos de pit stops. Por isso, hoje o Fala D’ separou três paradas catastróficas para relembrar que, dentro da Fórmula 1, nem sempre o tempo - ou a sorte - corre a seu favor.

43… horas?

Foi durante um GP de Mônaco, em 2021, que Valtteri Bottas passou por um pit stop quase impossível. Naquele momento, o finlandês ainda corria pela Mercedes e acabou atrapalhando os mecânicos ao posicionar o carro um pouco fora da posição ideal nos boxes - parece que não são só os segundos que contam…

Valtteri Bottas e a história da porca no pit. Foto: Getty Images

O posicionamento errado do carro de Bottas desencadeou uma série de problemas. Com os mecânicos se aproximando para realizar a troca, o operador da pistola ficou sem espaço e acabou usando a ferramenta de forma incorreta. O canhão de ar acabou tirando um pedaço da roda, o que impediu sua retirada. O mecânico da Mercedes acionou a pistola enquanto a roda ainda estava em movimento, desgastando a porca. chaos, chaos, chaos...

A porca ficou tão danificada que perdeu os engates, impedindo que a pistola girasse para a troca da roda. Como resultado, a Mercedes teve que levar o carro para a fábrica de Brackley para remover a roda, onde, apenas na terça-feira de manhã teve sua roda finalmente retirada.

Bottas estava em segundo lugar na corrida quando entrou no pit lane para trocar os pneus, passando dos compostos macios para os duros. Mas, um carro sem roda e pneu não anda, então ele abandonou aquela corrida.

Que foi um dos mais desastroso, com certeza, mas será que podemos contar esse como o pit stop mais longo da história?

O homem que saiu das chamas

Cuidado com a pegadinha do pensamento caso o seu primeiro tenha sido a imagem de Romain Grosjean na trágica e inesquecível batida de sua Haas durante o Grande Prêmio de Bahrein em 2020. Estamos falando de um outro cara que, literalmente, pegou fogo.

Voltando um pouco no tempo, paramos em 1994, durante a etapa da Alemanha. Naquela época, além de trocar os pneus, os pit stops também serviam para reabastecer os carros - medida que foi proibida em 2010 pela FIA, visando maior segurança dos pilotos.

A vítima do péssimo pit stop da vez foi - o então piloto da Benetton - Jos Verstappen, que foi envolto em chamas quando a gasolina vazou pela mangueira e transformou o carro em uma grande bola de fogo em questão de segundos.

Jos diz que se lembra de ter ido para o que pensava que seria um pit stop normal: “Tudo subiu em chamas e de repente ficou escuro e preto, e eu não conseguia respirar… Havia muitas coisas que eu tinha que fazer antes de me levantar e perceber o que tinha acontecido”. (Fonte: Reprodução Motorsport.com)

O fogo foi apagado rapidamente e o foco da equipe que estava antes na segunda parada de Schumacher nos boxes, passou ao cuidado de Verstappen dentro dos boxes. Gravações e fotos do momento circulam até os dias de hoje e Jos afirma também que gosta de ser lembrado por causa disso: “Foi muito interessante olhar e ver o que aconteceu…sem as fotos tudo poderia ser esquecido”.

Parece até cena de filme de ação, né?

Veloz (e furioso)

E nem sempre a falta de velocidade é o principal problema, neste caso por exemplo, foi o excesso dela que atrapalhou Kamui Kobayashi, piloto da Sauber. Foi em 2012, no Grande Prêmio da Inglaterra, que o japonês entrou nos boxes ultrapassando o limite de velocidade estabelecido e acabou atropelando três de seus mecânicos - que foram levados ao atendimento médico mais tarde, com lesões nos dedos e pequenos cortes.

Kamui Kobayashi. Foto: Reprodução Agência Estado

Kamui foi multado em $25 mil euros - que hoje seriam aproximadamente R$150 mil reais - e afirmou que procurou forçar o carro para maximizar suas chances de pontuar, mas que, sem dúvidas, perdeu o controle e acabou freando tarde demais dentro dos boxes. Kobayashi terminou a corrida em 11° após seu acidente na parada, e como seu companheiro de equipe, Sergio Pérez, já tinha abandonado por conta de uma colisão, seu

Pit Stop acabou com as chances da equipe Sauber pontuar naquele final de semana.

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